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Eleições 2018: Corruptos x Demagogos
Os petistas estão em plena pré-campanha aberta pela candidatura de Lula, porque acham que assim a Justiça ficará intimidada de prendê-lo. A senadora narizinho é a mais empolgada na campanha de Lula 2018. Faz mesmo todo sentido: uma bi-ré liderando a candidatura de um penta-réu para desviar o foco. Entraram nessa peça de propaganda os “intelectuais da esquerda” que são nada mais que as viúvas da Lei Rouanet.
Quando os figurões da Odebrecht começarem a entregar não apenas todas as falcatruas eleitorais do PT, mas também as do PMDB e PSDB, como já estão fazendo, é que começaremos a ver a classe política e imprensa vendida falar ainda mais de 2018 com o discurso que políticos estão sendo caluniados e difamados em ações judiciais descabidas. Irão bater na tecla que “precisamos fazer uma transição para um novo governo que tenha meios de tirar o país da crise”. Logicamente irão tentar afundar a Lava Jato de alguma forma também.
Reinaldo Azevedo já começou a fazer isso, pois afoito como está em ser o Franklin Martins tucano, ele já se desespera com a possibilidade de Alckmin ancorado na popularidade histérica do Dória conseguir algo no PSDB desbancando o idolatrado Aécio, o qual já está sendo alvo de depoimentos dos delatores da Odebrecht. Rodrigo Constantino já se tornou o adestrador pseudo-liberal do Bolsonaro e Marina Silva conta com almofadinhas da imprensa descontentes com o PT. A imprensa irá mentir e acobertar seus patrões como faz em todo ano eleitoral. Essa folia já começou na Folha de São Paulo, Jovem Pan e Veja antecipadamente.
No final, todos os partidos e caciques irão se unir e tentar voltar ao status quo antes da era Lula, onde aquele malufismo genérico imperava e tinha todos os meios de operar em paz com a vista grossa da imprensa servil.
Esquerda e Direta são conceitos do passado?
A esquerda continua no processo de derretimento irreversível em diversos establishments onde a democracia e liberdade de expressão são as ferramentas para banir os políticos alinhados com a esquerda. É também essencial não deixarmos a direita autoritária livre para oprimir em outros lugares ou tomarem o espaço vazio deixado pela esquerda populista. Nunca se esquecendo é claro, de continuar a pregar o caixão do marxismo e suas ideologias auxiliares.
O próximo front dessa batalha será na França ano que vem. Aguardemos o desenrolar dos efeitos negativos e positivos da eleição de Donald Trump, pois esse fato será pano de fundo para que a extrema direita angarie mais adeptos e vitórias eleitorais em vários lugares da Europa no futuro.
Depois do desmanche do bloco socialista e da incontestável constatação de que o paraíso do proletariado não passa de lorota, as coisas começaram a mudar em vários lugares do mundo desde a queda do muro de Berlim. A visão de mundo de esquerdistas e direitistas convergiu a ponto de ser hoje muito difícil apontar diferenças significativas. Cada uma das duas correntes de pensamento deu um passo em direção à outra.
Desencantados com experiências fracassadas, os socialistas já não preconizam intervenção do Estado em todos os meandros da sociedade. Por outro lado, assustados com o liberalismo excessivo que levou ao baque econômico de 2008 a direita já reconhecem a necessidade de uma certa dose de regulação por parte do Estado na economia e intervenção direta nos mercados financeiros.
Diante disso, falar em esquerda e direita faz menos sentido a cada dia que passa. Assim mesmo, clichês têm vida longa. Na Europa, jornalistas e analistas ainda fazem questão de colar uma etiqueta na testa de mandatários e de partidos. A força do hábito faz que apliquem automaticamente os mesmos parâmetros a políticos e à política de países longínquos.
No Brasil depois de quatro mandatos com presidentes de esquerda há uma evidente antipatia aos partidos e políticos de viés socialista. Para todos analistas mundo a fora Evo da Bolívia, Maduro da Venezuela, os irmãos Castro de Cuba, Rafael Correa do Equador e outros tantos políticos latinos são classificados como políticos de esquerda e ditadores populistas. Outros como, Michèle Bachelet do Chile, Mauricio Macri da Argentina, Horacio Cartes do Paraguai são taxados como de direita.
Não compartilho dessa percepção. A linha divisória entre campos políticos na América Latina não passa entre esquerda e direita. Dizer que nossos mandachuvas se dividem entre sérios e populistas estaria mais próximo da verdade. Os europeus e norte-americanos têm enorme dificuldade em se dar conta disso.
Os sérios podem ser partidários de maior ou menor intervenção do Estado ‒ não é essa a marca que os distingue dos outros. O mesmo vale para os populistas. A diferença mais marcante entre eles é que os sérios, que se tornaram mercadoria rara, vendem pastel com recheio. Já os populistas ‒ que, no Brasil, ocupam o topo da pirâmide há vários anos ‒ vendem pastel de vento.
Trump é o candidato dos tapados!
Jornal da Klu Klux Klan é pró Trump. E sim a KKK é cristã, eles se autodenominam: “Voice of White Christian America”. Num mundo cheio de extremistas religiosos e demagogos econômicos colocar um sujeito que represente essas duas tendência (além de outras nocivas ao livre mercado e liberdade social) no assento da Casa Branca parece ser modinha bem aceita pela maioria…
Trump defende coisas do tipo: Mesquitas vigiadas, suspeitos torturados. Trump defende que mesquitas em solo americano sejam postas sob vigilância dos serviços de inteligência como parte de esforços para combater a radicalização de muçulmanos. O bilionário também defende que suspeitos de terrorismo sejam torturados para confessar seus supostos planos. E argumenta que o que classifica como “métodos rigorosos” de interrogação são mais brandos, por exemplo, que as execuções levadas a cabo por militantes do grupo extremista autodenominado “Estado Islâmico”. Ao que tudo indica Trump não preza a liberdade de culto e acha que todo e qualquer muçulmano venha ser um terrorista em potencial.
Trump promete, se eleito, construir um muralha na fronteira dos EUA com o México para conter a imigração ilegal no país. Para ele e seus fãs a construção serviria também para combater o crime organizado no país. Se já é questionável sob vários aspectos, a muralha de Trump causou ainda mais furor por conta do argumento de que a conta da obra, girando em torno de US$ 2 bilhões a US$ 13 bilhões, a qual teria que ser paga, pasmem, pelo governo mexicano.
Além de culpar imigrantes ilegais pela criminalidade nos EUA, Trump propõe deportar 11 milhões deles – uma iniciativa criticada por ser considerada xenofóbica e de custos proibitivos, estimados em mais de US$ 100 bilhões. Além disso, o candidato republicano quer revogar a lei que dá cidadania americana automática a filhos de imigrantes ilegais nascidos em solo americano. Para Trump se você não é “white american citzen” você só pode ser um “la cucaracha” com tendências para criminalidade.
Trump no setor econômico e comercial ainda promete impor precondições à China para que continue fazendo negócios com os EUA. Se eleito, ele diz que fará Pequim abandonar a política de desvalorização do yuan e que forçará o país a adotar melhores condições de trabalho e melhores políticas ambientais. Mas ao mesmo tempo em que defende “água e ar limpos” como pontos importantes para os outros, o candidato considera “fraudes” as pesquisas sobre mudanças climáticas. Trump é contrário a restrições ambientais a atividades econômicas, sob o argumento de que isso torna as empresas americanas menos competitivas no cenário global.
Trump quer reduzir impostos e isentar de tributação americanos que ganhem menos de US$ 25 mil por ano. Ele também defende que a alíquota de imposto para grandes empresas seja de 15% e oferece para multinacionais a chance de repatriar seu dinheiro para os EUA a uma taxa de apenas 10%. No entanto, analistas financeiros alegam que alguns pontos de sua política fiscal farão com que ricos paguem menos impostos.
Daí virão os bolsominions e dirão que esse argumento não cola. Mas sabe o que não cola, é o argumento que não cola, geralmente quem defende o Trump cegamente, também defende o Bolsonaro cegamente achando que ele é um genérico do Trump made in Brazil ou vice versa. Essa concepção tacanha e idolatria a personagens políticos sempre terminou em regimes ditatoriais ou totalitaristas ou no mínimo em excrescências que ofendem a dignidade das pessoas de várias formas através dos governos quando eleitos.