Alckmin um santo homem?

Quem vê aquele homem seco, travado, de expressão fechada em algumas missas da Nossa Senhora do Líbano, pode achar Alckmin um sujeito minimamente bem intencionado e um político que foge aos padrões da corrupção tradicional do Brasil. Ledo engano. Alckmin é só mais uma na multidão de corruptos que assola a pátria.

São inúmeros os caso de corrupção envolvendo o governador paulista. A começar pelo Trensalão chegando até hediondo caso corrupção da merenda escolar que era executada de dentro do Palácio dos Bandeirantes. O governador do estado São Paulo, “São” Geraldo Alckmin, que chegou ao ponto de afirmar em Brasília, que o ex-presidente Lula não poderia usar de “subterfúgios” para fugir da Justiça, agora está lado a lado de Lula na Lava Jato citado como recebedor de propinas de empreiteiras lesa pátria. À época, ao comentar a deflagração de nova etapa da Operação Lava Jato, que cumpriu mandado de condução coercitiva para Lula prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo, Alckmin disse que “ninguém está acima da lei”. E agora senhor governador? Retifica a sua fala? Ou a lei só servirá para os trastes petistas, excetuando a cúpula tucana do alcance da lei?

 

Segundo os delatores da Odebrecht, foram repassados R$ 2 milhões em espécie ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin, cunhado do governador. A entrega do recurso teria ocorrido no escritório de Ribeiro, em São Paulo.

Em 2010, o tucano venceu a eleição em primeiro turno e foi eleito governador. Na eleição seguinte, em 2014, segundo os depoimentos, o caixa 2 para a campanha de Alckmin teve como um dos operadores o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, político de confiança do governador. Questionado sobre a denúncia, Monteiro disse apenas que é tesoureiro do diretório estadual do PSDB em São Paulo há dois anos. Ele acrescentou que presta contas à Justiça Eleitoral com regularidade. Ora, que coincidência, mais um tesoureiro partidário envolvido em transferências de propinas! E agora um do PSDB aliado do governo paulista! Será que apenas Delúbio e Vacari foram operadores desse sistema inescrupuloso de compra e venda de apoio de empreiteiras para políticos? Será apenas Cabral o único governador atolado nesse mar de lama?

 

Segundo os delatores, o codinome de Geraldo Alckmin nas listas de propina e caixa 2 da empreiteira era “santo”. O apelido aparecia associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, uma obra do governo Alckmin de 2002. A palavra “apóstolo”, escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por “santo”.

 

O mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Márcio Pelegrino, executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha amarela do metrô da capital paulista. Na mensagem, Pelegrino diz que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil “com vistas aos interesses locais” da empreiteira. Segundo consta, o executivo afirma que o beneficiário do suposto suborno era o “santo”.

A assessoria de Alckmin disse também que o apelido “santo” aparece em outros documentos apreendidos pela Lava Jato, referentes aos anos 2000 e 2004, sem qualquer relação com o governador. O PSDB declarou que não comenta supostas delações não homologadas e que reitera sua confiança nas condutas do governador Alckmin e também do ministro Serra.

 

Será que o “santo” irá operar o milagre da impunidade tucana ou dessa vez vossa santidade tucanalha irá para atrás das grades? Ou a cúpula do PGR e STF ao homologar a delação dirá: São Geraldo Alckmin rogai pelos tucanos da Lava Jato livra-os do Sérgio Moro! Oremos!

 

_d62715

 

Sobre Aloprado Alonso

O cara mais aloprado da internet - barbudo, blogueiro, rockeiro, mulherengo e sempre tentando parar de fumar ...

Publicado em 10 de dezembro de 2016, em Política, Uncategorized e marcado como , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

Deixe um comentário