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Todos contra Temer!
Um anômalo que coloca os pingos os is…
Temer já tem todas as cartas na manga!
A situação temerária do governo Dilma
As tentativas de apaziguamento entre pares nesse descalabro todo através de acordos secretos não reduziram o medo, quase pânico, que sacode as glândulas sudoríparas de numerosos homens públicos do passado e presente. A miniaturização da política é tamanha que qualquer conversa entre dois parlamentares já é um risco de destronar qualquer pessoa nesse meio.
Muitos deles começam a buscar, na memória, frases ditas sem cuidados e sem malícia, pelo telefone, ou pessoalmente, a pessoas de pouca confiança. Teme-se, e com alguma razão, que a manipulação dos registros fiscais, patrimoniais de qualquer político ou ente relacionado aos mesmos que torne qualquer conversa um libelo do caos total. Não obstante o medo, e, provavelmente, o surgimento de suspeitas infundadas contra homens “honrados”, o vendaval será saudável para quem se aliou ao mal e quer redenção.
Resumo da ópera: A análise de cenário indicava que a Lava Jato chegaria até Eduardo Cunha sem dúvida mais cedo ou mais tarde. Sabendo do óbvio Mercadante apostou tudo nessa possibilidade, sem avaliar quando tempo levaria para isso ocorrer. Cunha seria eleito de qualquer maneira chefe da casa de achacadores e isso seria péssimo para quem está do outro lado da Praça dos 3 Poderes. Aos trancos e barrancos, Mercadante tentou rearticular a base e puxar o tapete de Cunha, coisa tal que foi a razão do esfacelamento da base aliada na Câmara.
Conselheiros próximos a Dilma convenceram-na a abrir espaço para o vice-presidente Michel Temer, ou seja, trata-se daquelas raposas velhas e sábias que ajudam a acomodar a base, seja qual for o governo, FHC, Lula ou Dilma. E aí que a porca torce o rabo, pois petistas não sabem ser coadjuvantes devido a arrogância ostensiva, um sentimento de superioridade que dificulta o relacionamento com mortais comuns, especialmente do meio político.
As últimas informações sobre os conflitos com o vice-presidente Michel Temer não são animadoras. Temer é um político experiente, responsável, que, em função de sua carreira sem arranhões, tornou-se uma espécie de avalista da governabilidade. Jamais avançou além das suas atribuições e só se colocou em campo depois de convocado. Agora ele sabe que o mote da última intriga foi atribuir a ele ambições de voos autônomos, por sua afirmação de que há necessidade de se unir o país para superar a crise em torno de “alguma pessoa”.
Esse jogo inconsequente poderá jogar pela janela a última âncora de governabilidade do governo Dilma, que é o PMDB inteiro. Daí será o fim!
E tenho dito!
Um direto de direita na cara da esquerda
Eduardo Cunha tem feito o diabo para se livrar das acusações da operação Lava Jato e outros procedimentos investigativos. Desta vez, Eduardo Cunha deixou claro que o PMDB está ficando puto com a situação e numa posição de atacar o PT frontalmente caso o lado de lá da rua não peça benção aos caciques do PMDB ou abaixem a crista duma vez: “O PMDB está cansado de ser agredido constantemente pelo PT e é por isso que declarei ao Estadão que essa aliança não se repetirá”. Disse ainda “Talvez tivesse sido melhor que eles do PT aprovassem no congresso o fim da aliança com o PMDB. Não sei se no congresso do PMDB eles terão a mesma sorte. No momento, temos compromisso com o país e com a estabilidade, mas isso não quer dizer que vamos nos submeter à humilhação do PT”.
Eduardo Cunha neste final de semana publicou uma série de tweets contra o PT. A primeira série foi dedicada ao Deputado Carlos Zarattini que o chamou durante o Congresso petista, de “oportunista de ocasião”. Eduardo Cunha disse: “Para responder ao deputado do PT que fez discurso me chamando de oportunista de ocasião, gostaria de lembrar que quando ele era vice-líder do governo e relator da MP 664 que tratava do ajuste fiscal, votou a favor da emenda que flexibilizava o fator previdenciário e acabou tendo de deixar a vice-liderança do governo. Então quem é o oportunista de ocasião?”
Podemos até não concordar com Cunha por uma série de motivos,mas que ele não é frouxo,não é mesmo.O PT precisava receber de alguém algo do tipo bateu levou, coisa que Aécio Neves se furta a fazer como toda oposição. Certo ou não, aos trombolhões ele está fazendo o congresso trabalhar. O problema é que a sociedade não gosta de quem não é frouxo e possui base religiosa. Qualquer um que ouse ter base religiosa e alguma firmeza de posicionamento, vira alvo preferencial dos psolentos e petistas como é caso do Malafaia e Bolsonaro. Lógico que estou falando de potenciais anti-petistas, estes nomes quando falam grosso polarizam a direta contra a esquerda e vice versa automaticamente.
O Eduardo Cunha sozinho é mais oposição que o PSDB inteiro, mesmo que provavelmente ele esteja envolvido no PETROLÃO, ele representa muita gente que quer ver o PT arder no inferno.
Amém!
A máfia do Petrolão e a máfia da Plim-Plim tudo a ver!
Um dos fatos importantes da última quarta-feira dia 6 de maio 2015 nas investigações em face dos políticos envolvidos no Petrolão foi o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A diligência foi solicitada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, dentro do inquérito que investiga o suposto envolvimento de Cunha na Operação Lava Jato.
Hoje Alberto Youssef disse ao juiz Moro que Cunha era destinatário final de propinas via Fernando Baiano, o qual valeu-se do direito de ficar calado na oitiva da CPI da Petrobras esta semana em Curitiba. Vale a pena dizer que o que foi visto em todos os depoimentos da CPI em Curitiba foi uma amostra grátis do termo máfia literalmente. Recomendo que assistam no youtube as duras que o Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) dá nos mesmos quando eles se calam.
Enquanto isso, Cunha esta sendo acusado de ter arquitetado a elaboração de dois requerimentos de informações sobre uma empresa contratada pela Petrobras que, segundo delação do doleiro Alberto Youssef, teriam sido feitos como forma de pressão para o pagamento de propinas. Os pedidos foram apresentados na Câmara em 2011 pela hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida, na época suplente de deputado. Os registros eletrônicos mostram Cunha como autor desses requerimentos. Enquanto o Deputado nega tais acusações, provas contra eles são juntadas pelos investigadores da Polícia Federal.
Durante a delação premiada, Youssef afirmou que Cunha receberia propinas sobre um contrato de aluguel de navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui com a Petrobras. Disse ainda que quem intermediaria o pagamento ao PMDB seria Júlio Camargo, representante das empresas. E que as empresas suspenderam o pagamento da comissão a Camargo, o que interrompeu os pagamentos ao PMDB. Youssef disse que Eduardo Cunha pediu diretamente: “a uma comissão do Congresso para questionar tudo sobre a empresa Toyo, Mitsui e sobre Camargo, Samsung e suas relações com a Petrobras, cobrando contratos e outras questões. Este pedido à Petrobras foi feito por intermédio de dois deputados do PMDB”. Segundo o doleiro, seria para fazer pressão sobre as empresas para retomar os pagamentos.
O que reforçou as suspeitas do Ministério Público Federal foi o fato de que os requerimentos mencionados por Youssef de fato foram apresentados na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara por Solange Almeida. Ela assumiu ser a autora do requerimento, mas demonstrou não dominar o assunto, parecendo não ser ela a mentora do requerimento. Tanto Solange como Cunha admitiram que assessores do atual presidente da Câmara ajudaram a elaborar e redigir o documento.
As propriedades digitais do arquivo com o texto do requerimento que estava no site da Câmara, onde aparecia o nome do autor do documento: Eduardo Cunha. Esta notícia levou Cunha a demitir o diretor do Centro de Informática da Casa, Luiz Antonio Souza da Eira. Já ex-diretor, Eira prestou depoimento ao Ministério Público, que teria sido a gota d’água para pedir o mandato de busca e apreensão.
Essa é a notícia, e seria salutar que o Jornal Nacional, depois de narrar os fatos, objetivamente ouvisse a versão de Cunha. No entanto, o jornal inverteu as bolas. Colocou como protagonista da notícia não o fato, mas a defesa de Cunha, a começar pelo título “Presidente da Câmara classifica busca de documentos desnecessária”. O texto sucinto, bastante ameno, foi apenas lido batido pelo apresentador William Bonner, sem infográficos explicativos que contextualizem os fatos, sem imagens da operação de busca, sem declarações de viva voz de Cunha, nem de nenhum membro do Ministério Público.
Na prática, o jornal minimizou a notícia e praticamente fez o texto que a assessoria de imprensa do deputado faria. Um vexame jornalístico. A diferença de tratamento no noticiário para fatos idênticos – e que teriam maior dimensão pelo cargo que Cunha ocupa –, conforme o alinhamento político com os interesses da emissora, demonstra a clara parcialidade do jornalismo da Rede Globo favorecendo este ou aquele político. Sustenta-se que a Globo persegue os desafetos que pensam e agem diferente dos interesses da emissora, enquanto protege os amigos, alinhados com os interesses empresariais, econômicos do grupo. Entretanto, isso serve como argumento primordial aos petistas de nutrem verdadeiro ódio mortal pela emissora devido a mesma ser o principal canal de informações da velha e nova classe média tão mal falada pelos petistas.
Cunha tornou-se amigo da mídia dita oligárquica ao declarar-se contrário a qualquer marco regulatório para “democratizar as comunicações”. Fora isso, atribuem ao mesmo ter colocado em votação a pauta conservadoras e ditas reacionárias, como o Projeto de Lei 4.330, da terceirização ilimitada, que segundo a CUT aliada ao PT retira direitos dos trabalhadores garantidos pela CLT. Tal conversa é uma falácia dos apadrinhados pelo PT, mas todavia, Eduardo Cunha promoveu uma sessão solene na Câmara para bajular os 50 anos de fundação da TV Globo; e dias depois pautou as MPs do ajuste fiscal e votou em peso nelas com a bancada do PMDB passando a tesoura nos direitos de trabalhadores e pensionistas.
O fato é que não é a primeira vez que o JN protege Cunha nem outros políticos da base aliada e também do PT e PSDB de desgastes políticos, minimizando uma notícia desfavorável a ponto de praticamente retratá-los como vítimas das circunstâncias acima de qualquer suspeita. Na noite do último dia 28, quando a Folha de S. Paulo publicou o documento supracitado, enquanto o telejornal global deu vexame semelhante em uma matéria com o título: “Cunha nega autoria de requerimento sob suspeita na Operação Lava Jato”.
O que o Jornal Nacional também excluiu da sua pauta foi a notícia de que FHC telefonou para Luiz Fachin garantindo ao mesmo apoio dos senadores tucanos na sabatina ocorrida nessa semana na qual o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) chamou de esquizofrênicos, idiotas e oportunistas aqueles que se opunham a indicação de Dilma de Fachin ao STF.
Além disso, o jornalismo da Globonews que é tipicamente defensor de teses anti-impeachment via comentaristas como Cristiana Lobo e outros, tem apesar dessa tendência feito um excelente trabalho com Fernando Gabeira que revela os bastidores do Congresso e das ruas em suas matérias. Ao contrário do que é o programa de William Waack, o Painel Globonews, que nas últimas semanas trouxe economistas e advogados alinhados com o PT e PSDB que também não defendem o pedido de impeachment. Dentre estes destaques para o Sérgio Fausto, do Instituto FHC, que rechaçou com veemência a tese de extinção do PT, mesmo em casos de comprovada ilicitudes envolvendo o sistema partidário. Alega o mesmo que isso seria um atentando contra a democracia. Para fechar o programa ainda contou na última semana com a presença do tendencioso em seus comentários Pierpaolo Bottini, advogado de causas petistas no passado, e atualmente patrocina a causa de Dalton Avancini, da Camargo Côrrea indiciado na Lava Jato.
Por estas e outras é que a mídia nacional se encontra entregue totalmente aos interesses de lobbys e compadrios políticos da pior natureza tornando o cidadão mal informado e alienado do que realmente decorre nos bastidores do poder ora corrompido de todos os lados.
O povo quer honestidade mas Eduardo Cunha não quer ser honesto
O deputado Eduardo Cunha do PMDB é um político que vive mergulhado no submundo da politicagem. Ele não possui a menor boa fé e nem mesmo honradez para fazer tramitar o processo de impeachment contra a presidente Dilma. Ele está mais do que mancomunado com essa escória política e fatos escabrosos que infestam a República.
Caso ele fosse um assíduo cumpridor da lei faria tramitar os processos de impedimento que estão na sua gaveta de gabinete, ora já investigado pela Polícia Federal sob ordens do Procurador Geral da República e STF que detém a tarefa de atender o desejo visceral da presidente de destruí-lo antes que ele tenha uma epifania moral ou a mínima sanidade ética de cumprir à risca a Lei de Crimes de Responsabilidade.
Como o deputado é maníaco por criar suas próprias regras e por ser um sujeito eivado de conduta escorregadia, Cunha está até agora conseguindo se esquivar e safar das garras da lei se mantendo na cadeira de chefe do Legislativo, isto é, na Câmara Federal onde corporativismo e compadrio reinam absolutos. Se houvesse um grupo de deputados eticamente ilibados, sem a menor mácula nessa quadra do parlamento, com toda certeza Eduardo Cunha seria guilhotinado ou ao menos deposto do seu cargo de mandachuva congressual.
Dilma Rousseff por sua vez, para eliminá-lo logo de vez, deveria cometer mais atos estranhos à função de Presidente da República encomendando um atentado contra o deputado maquiavélico, sabotador do regimento interno da casa legislativa federal e profanador da Lei de Crime de Responsabilidade.
Deveria enviar algum integrante miliciano do MST passar a estrovenga, facão ou foice na cabeça do deputado ímprobo duma vez por todas sem a menor cerimônia como nos velhos tempos de VAR-Palmares. Ou ao menos intentar operar algo mais ameno numa espécie de atentado da Rua Tonelero da era Vargas contra o mesmo. Ninguém suporta mais Eduardo Cunha cagando regras do seu próprio entendimento na Câmara e arrotando caviar com bafo de cebola podre da suposta moralidade e correção da sua pessoa.
Enquanto as investigações abertas pelo Ministério Público Federal não enquadram Cunha de vez; ele fica livre, leve e solto à sanha de seus inimigos tornando o legado de improbidade administrativa e corrupção de todos ainda mais extenso tendo em vista a impunidade. Sem a menor sombra de dúvidas a rede conspiratória do PMDB possui noção bem clara dos riscos que corre ao dar andamento a qualquer procedimento de impeachment. Os interesses escusos de seus subalternos e projeto de impunidade geral e irrestrita estaria comprometido caso Eduardo Cunha resolvesse ao menos uma vez na sua carreira ser honesto, de boa fé operando a lei de forma assídua.
Se ele fizesse o processo de impeachment ser levado a cabo estaria ainda mais na mira da latrocida Dilma, mas ao menos faria a coisa certa ao menos uma vez na vida como já repetido à exaustão.
O reino da impunidade não prosperará
Luis Inácio Lula da Silva é um corrupto safado encartado de alto calibre, sempre protegido pelo seu partido miliciano e Estado aparelhado. Lula é o grande patrão da máfia petralha. Por que não rolaram ainda os processos na Justiça contra ele? Por que está tudo minado no Brasil e na magistratura de alto escalão do STF não é diferente e raras são as exceções e uma delas se chama Juiz Sérgio Moro e sua equipe. Saibam que Lula é um escroque que tem se safado sempre. Tudo isto faz com que o Brasil seja também conhecido como o Reino da Impunidade
O que as pessoas menos informadas não parecem entender é que a esquerda quase sempre é um convite ao crime e à corrupção. Justamente porque ela defende poder e recurso demais concentrados no Estado, o que já representa enorme incentivo à corrupção.
Um dia a casa cai, o dinheiro acaba, os velhos “cumpanheiros” vão em cana, o povo os desmascara e o PT sai estilhaçado e destroçado pela vontade do povo que é nação e não massa de manobra de partido político que traiu suas bandeiras.
No entanto, mesmo depois que o PT sair do poder e perder todos os dedos, mão e braços e demais partes do seu corpo corrupto, resta ainda o Estado e a República destroçados na UTI. Como poderá o Brasil sair da crise institucional e pagar aquilo que deve ao povo brasileiro ainda com tantos proxenetas a mamar nas tetas do Estado? É IMPOSSÍVEL! Temos que acabar com todos eles e daí será o momento de lutar contra o PMDB e outros partidos. Agora neste momento o nosso foco deve ser na máfia petista, e depois devemos centrar fogo no PMDB de Temer, Renan e Eduardo Cunha e nos partidos da velha base aliada desarticulados pela queda da sua matriz.
A escória política deve ser extirpada pela raiz das nossas instituições públicas vitimadas pela corrupção e aniquilamento da moralidade pública. O STF deve ser faxinado, higienizado como se fosse um mictório e latrina por onde passaram as decisões mais fecais em prol dos corruptos da nação.
Não vamos cessar até tudo ser devidamente posto em ordem e progresso como versa o lema da flâmula nacional! Não vamos desistir de lutar jamais contra corruptos e ladrões do colarinho branco. O Brasil não será reinado duma dinastia de enxovalhadores da boa fé do povo!
A distinção entre povo corrupto e servidor público corrupto
A Polícia Federal prendeu conselheiros da Receita Federal que participaram duma fraude de 19 bilhões de reais. Em outras palavras, isso significa que a própria administração fiscal rouba dinheiro do contribuinte.
Como se não bastasse isso, muitos defensores da tese que o “Brasil é um país de corruptos” valem-se do discurso que a corrupção no Brasil é estrutural, isto é, que toda população é corrupta em maior ou menor escala. Isso é uma falácia usada no mais das vezes para distorcer a correlação dos delitos cometidos por servidores públicos ímprobos e desonestos em face do particular que não é obrigado por força de lei e cumprimento do seu dever funcional a ser honesto e seguir estritamente a lei e regulamentos da suas funções administrativas públicas.
Qualquer bom aluno de concursos públicos atento aos fatos e conceitos jurídicos que oriundos do direito penal e administrativo é capaz de reconhecer essa correlação de distorção do discurso de diversos jornalistas, juristas e historiadores que alegam que o brasileiro é um ser eminentemente corrupto devido uma suposta tradição social e histórica de nosso povo se comportar de tal forma quanto à corrupção. Isso não passa duma grande falácia que serve para distorcer o foco sobre aqueles que realmente são corruptos, passivos e ativos, que estão no serviço público e se valem do desempenho de suas funções para lograr vantagens ilícitas que o cidadão comum não detém sequer oportunidade de cometer na maior parcela dos casos.
Em vista da leva atual de escândalos e novas denúncias contra governo e entidades púbicas, está ocorrendo o recolhimento de assinaturas para a instalação de uma CPI dos Fundos de Pensão das Estatais, tarefa urgente que o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, tomou para si e na qual deveria ser apoiado inclusive pela parte do PMDB que ainda não foi infectada diretamente pela roubalheira em mais esse campo. Caso seja instalada, a CPI vai demonstrar que o grande traidor dos trabalhadores, irá apontar o vendilhão dos interesses públicos que usa da sua gente para angariar dinheiro visando um projeto de poder e não de atendimento do interesse público.
Não obstante a isso ora referido, nota-se com riqueza de detalhes que este governo chegou ao fim. Quem testemunha os bastidores do poder confirma que é questão de tempo a derrocada total do PT e seus aliados. Embora isto esteja acontecendo nesse exato momento, há ainda por parte dos mandantes – tanto quanto por parte de seus patrocinadores e lacaios – há a concepção distorcida e atrasada de que a voz das ruas que pedem a retirada do mandante corruptível e corruptor do poder são um bando de golpistas. Isto sim é uma concepção anti-democrata. O fato de clamar pela retirada dos podres que apodrecem o poder é um pedido que está na consciência daqueles que não aderiram ao pacto de perpetuação da corrupção ora instalado na República.
Os fatos atestam a alegação, pois deveras quando o Poder Executivo lança um pacote anti-corrupção e coloca a CGU para influir em investigações e acordos que são de competência do Ministério Público e Poder Judiciário isso ora feito, por si só, revela que o Executivo interfere abertamente e também encobre em outras esferas, como no caso da cúpula do TCU, que via Poder Legislativo, não julga e condena devidamente processo com fulcro em dados confirmados de fraudes administrativas em estatais. Nesse tocante, os casos confirmados pela ala técnica do TCU acerca de irregularidades de contratos da Petrobrás com empreiteiras é farto, porém falta honestidade de aplicar a lei por parte dos Ministros ou Conselheiros indicados politicamente aos casos concretos desta estirpe.
O caso da Receita Federal é mais um dentre tantos outros. Isto comprova que o presente não tão somente repete o passado, mas revela com nitidez que existem mecanismos de manutenção da prática da corrupção na administração pública valendo-se de compadrio político como método. Isso sim é a corrupção nos seus moldes estruturais.
Portanto, confundir ou esboçar comparações distorcidas com o restante da população que não é servidora pública, mandatário político ou administrador da coisa pública não perfaz o requisito que todos são corruptos no Brasil. São corruptos ou ao menos cúmplices da corrupção, aqueles do povo que fazem vista grossa mesmo testemunhando os desmandos. São corruptos os que além de fazer vista grossa ainda votam em políticos de ficha suja ou defendem os corruptos no poder. Para estes sim cabe a carapuça de corruptos populares devido estarem corrompendo a realidade dos fatos indevidamente ao defender quem deveria servir honestamente ao povo e não furtá-lo no desempenho de suas funções públicas.
House of Cunha
Por que Eduardo Cunha não irá dar andamento aos pedidos de impeachment?
Ele pessoalmente não tem interesse particular nesse procedimento num primeiro momento, assim como seus colegas do PMDB devido todos estarem numa posição de onde quem dão as cartas na mesa são eles. A situação é cômoda e agradável. O PMDB já se estabeleceu no poder, governa como bem entende, não possui, nem sofre o mesmo ônus político do partido principal no poder quando as coisas saem fora de controle. Pelo contrário, se beneficiam delas como no caso de Cid Gomes e das manifestações de 15 de Março exemplificam.
Em vista disso, Dilma está se tornando cada vez mais uma mandante de fachada, não tem comando do Congresso Nacional que é dominado pelo PMDB, não tem liderança interna dentro do PT e caiu nas garras de assessores incompetentes e desleais, que ao primeiro sinal de que Dilma falha viram as costas e deixam ela a ver navios.
Já foi assim antes, e continua sendo assim agora. Ainda há outros pesos e contrapesos: os quase 40 ministros de Dilma não possuem interesse legítimo em defender a presidência nas saias justas que ela se mete. Fazem defesas do seu governo somente para manter as aparências, mas nos bastidores agem como bem entendem trabalhando em prol de interesses próprios. Eles não largam do osso também, isso Cid Gomes se furtou a dizer em seus discurso de despedida do cargo de ministro do MEC. Portanto, não há coalizão de governo, há um bando de ratazanas que abandonará o navio quando ele estiver prestes a afundar.
A aliança política entre PT e PMDB é tão infiel e promíscua, tanto quanto é dependente e manipuladora que em pouco tempo a única maneira de Dilma continuar presidente será se filiando ao PMDB.
Piada a parte reflitam sobre o seguinte:
O PMDB se vale de sua postura de negociador e interlocutor com opositores e base aliada para também se destacar dentro da sua posição de comandante supremo do parlamento em relação as manifestações das ruas. O PMDB não condena os manifestantes das ruas em momento algum, enquanto o PT demoniza o 15 de Março e a todos manifestantes como ligados a oposição. Prova disso, são as declarações de Miguel Rosseto na coletiva de imprensa onde cita que há vértices de golpismo por parte daqueles que não votaram em Dilma. Já Michel Temer em entrevista recente no programa de Roberto Dávila, diz que as manifestações são saudáveis, democráticas e vocalizam o poder que emana do povo, dizendo que a classe política está apenas no poder transitoriamente exercendo o poder que lhe foi conferido pela população. Quem escuta isso simpatiza com Temer e vê Rosseto como um subalterno arrogante que é porta voz de outra prepotente que envia um ministro dar recados ao povo quando o assunto é diretamente com ela.
São essas grandes diferenças e nuances que tornam o PMDB o partido que dá as cartas, que condiciona entendimentos, e manipula setores. Enquanto isso, o PT cria confusões e gera escândalos e ataca a todos como um cão raivoso acuado. Nessa escalada pelo poder vemos que o maquiavelismo, muito personificado na figura de Eduardo Cunha, traz a essência do político hábil que explora a virtú e fortuna para obter seus objetivos por meios ora velados ora expositivos. Tudo feito sob medida, na hora certa, com o tom forte e suave bem condensado, e com a retórica afinada tanto para o ataque como defesa
Dilma deveria tomar lições de como se influência políticos e de como aproveitar momentos ao seu favor no House of Cards que se instalou entre Congresso e Planalto. Além disso, ela deve tomar cuidado para não se tornar inimiga declarada e frontal de seus “aliados”. Afinal de contas, a cabeça que pode rolar antes de qualquer outra é a dela e não a deles…