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Um padre à moda antiga para desespero dos fiéis infiéis

Esse blog costumeiramente enxovalha com pastores dizimistas, falsos profetas, charlatões da IURD, mas a minha preferência pessoal é destacar padres cujas condutas em nada condizem com o que se espera dum padre à moda São João Maria Vianney.

Todos esses anos já enfureci pseudo-católicos idiotas de todas as espécies os quais são seguidores de padres tais como Leonardo Boff com seu comunismo petralha com sua pregação do evangelho revolucionário, peguei no pé do padre cantor filósofo de araque Fábio de Melo com seu psicologismo barato para uma bando de devotas com baixa auto-estima e baixa piedade cristã efetiva que adoram o estilo galã cantor do mesmo e suas palavras macias que passam despercebidamente uma heresia ou outra aos menos catequizados. Esse blog esculachou até mesmo com o pobre do Pe.Marcelo Rossi, o qual foi investigado por anos pelo Vaticano, e nada se descobriu sobre o mesmo, nem mesmo que ele tenha causado a morte do humorista Laffond o qual versa a lenda que ele destratou no SBT.

Quem tem me chamado a atenção nos últimos tempos é o Pe.Paulo Ricardo, que apesar de olavete convicto tem feito um trabalho memorável não apenas detonando com as ideologias marxistas no seu site, mas também catequizando o povão de acordo com tradição católica como manda o figurino tratando de assuntos de espiritualidade e doutrina que outros padres deveriam tratar em seus sites, livros e programas de TV de forma semelhante. Além do mais, ele tem cara e jeito de padre mesmo: Usa batina e óculos, é careca e dentuço, magrelo talvez por jejuar ou ser raquítico mesmo, mas no fundo é o único com fama na mídia ou na internet que realmente aparenta ser padre daqueles com vocação e que ao menos tentam seguir às coisas da Igreja como a regra ordena sem ficar inventando modismos e bazófias filosóficas e sem toda sorte de marketing religioso no sense.

Os outros padrecos ora citados que me perdoem, são puro show de demagogia e estardalhaço retórico e de cantoria para encher lingüiça com devoções superficiais e vender bem estar também superficial para seus devotos.  Até pode funcionar o método deles, mas a longo prazo creio que os devotos fiquem apenas patinando na mesmice de sempre. Já o padre cuiabano parece não ter favas nas línguas e fala o que deve ser ouvido por esse bando de histéricos e idólatras ateus, e outras espécies de pseudo-intelectuais que estão dentro e fora da Igreja. Isto é, o sujeito causa desconforto com algumas verdades que precisam ser relembradas e praticadas pelo suposto devoto católico. É um dos raros padres que fala que o inferno e o capeta está a sua espera se você não criar vergonha na cara e deixar de pecar seja gravemente ou minimamente. Falar isso nos dias de hoje causa espanto, e pode ser até taxado de medieval e obsoleto, mas pelo que eu me recorde é sobre isso mesmo que os padres mais consagrados de todos os tempos falavam em suas pregações em diversas ocasiões.

Nesse cenário de exploração do sentimento religioso seja através da mídia ou por outros meios creio que o Pe.Paulo Ricardo com seu jeitão truculento e durão esteja no caminho certo sendo um padre à moda antiga, daqueles que merecem nossas preces para o diabo não arranque a cabeça dele devido a sua persistência fervorosa e visto que tem um bando de católiquinhos meia boca pegando no pé do pobre coitado por ser fiel ao manual do bom padre.

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Filosofia e Religião na Teoria da História

Filosofia e religião pertencem a esferas autónomas e diferentes; ambas comparecem perante o mais alto grau da consciência humana; ambas correspondem a ansiedades inconfundíveis.

A perenidade da religião está demonstrada pela antropologia. Esta ciência, discernindo os aspectos corporal, animal e espiritual do composto humano, ainda que os não considere substâncias, assevera as diferenças que, históricas e geográficas, meramente empíricas, não chegam a anular a relação, evidente ou mística, do ser consciente com a realidade divina.

O homem que, além de actos insignificantes executa acções significativas, que valida pelos sentimentos as cerimónias que pratica, é por isso mesmo um ente religioso; para assegurar esta verdade basta sômente pôr em evidência as linhas de objectividade do respectivo culto e os princípios fundamentais da respectiva teologia; negar a religião é negar a própria actividade.

Nenhum homem pode deixar de reconhecer a sua dependência e de invocar, por vezes, o auxílio de uma entidade superior; mas ninguém ignora possuir também um certo grau de liberdade, e o suficiente para cumprir o destino singular.

A religião não absorve a filosofia; a consciência humana não pode suprimir um dos termos da linha da sua perfeição; na intimidade do ser pensante está o germe que para a luz sófica se vai desenvolver.

Situando a filosofia e a religião em pontos extremos, cujos extremismos correspondem a formas doentias do individualismo e do misticismo, necessánamente se nos afigura o intervalo que importa preencher. Aliás, os dualismos, que podem ter utilidade transitória no discurso expositivo, acabam por denunciar a falsidade intrínseca dos processos de convenção; na ordem especulativa, a autenticidade é sempre explicitada pelo temário.

Entre a filosofia e a religião está «situado» aquele termo que, por ser misto, espelha o drama da humanidade: a natureza e a arte ou, por outras palavras, a natura e a cultura. Mas não convém penetrar neste domínio obscuro antes de mais oportuna lição.

A religião é universal e os cultos são sociais. Só confundindo estas noções que, aliás, correspondem a planos diferentes, é possível acreditar na irreligião do porvir.

Os adversários da religião, quer dizer, os adversários de todo e qualquer culto, confiam em que o tempo a favor deles opere, e esperam que dentro de poucos séculos a política, se não a ciência, venha a dar mais valiosa satisfação à moderna ansiedade das almas.

Mas os inimigos da filosofia, esses, não podem esperar, porque asseveram ser condição indispensável das realizações sociais a imediata, se bem que provisória, supressão da liberdade de pensar e de agir. Simultâneamente agredidas pela artificial cultura, a filosofia e a religião testemunham reciprocidade e complementaridade existenciais.

Não tem, pois, significação autêntica qualquer conflito entre a filosofia e a religião; pode, sim, haver incompatibilidade entre um culto religioso e uma doutrina filosófica; assim, por exemplo, entre os católicos é dada preferência ao sistema filosófico elaborado pelo clero regular, porquanto a disciplina intelectualista salvaguarda o dogma das interpretações ousadas pelo pensamento especulativo.

Aludimos à Escolástica, cujo magistério exemplar tem sido servilmente imitado – até mesmo pelos que se dizem agnósticos perante a vida religiosa – nos vários ramos do ensino filosofal.

Considerando o catolicismo, que devemos ter sempre presente, observemos a trajectória desenhada pela inquietação dos heterodoxos; indaguemos os motivos que levam o homem baptizado e catequizado a abandonar primeiro os sacramentos e depois os dogmas; deixemos de referir a pecados e a vícios o processo do descrente, porque esses acidentes morais, comuns a fiéis e a infiéis, não levam necessàriamente ao rompimento definitivo com o culto.

Que verificamos, por fim? O heterodoxo ou integrará os actos que considera mais significativos e mais valiosos no ritual de outro culto, celebrando declaradamente a conversão, ou permanecerá numa atitude de disponibilidade que compensa pela atribuição de excessivo valor aos ofícios profanos, até que lhe seja anunciado o momento de voltar a ser católico praticante.

Um estudo desta índole foi feito por D. Marcelino Menendez y Pelayo no ensaio fenomenológico «História de los heterodoxos españoles», obra por vários predicados valiosa, mas que, por incluir os heterodoxos portugueses, é para nós de uma utilidade excepcional.

Nesse livro encontram-se as seguintes afirmações do autor:

«Para mim, a Reforma em Espanha é só um episódio curioso e não de grande transcendência. Para outros desvios tem sido e é mais propenso o pensamento ibérico. Hostil sempre a esses termos médios, quando se aparta da verdade católica, chega a levar o erro às suas últimas consequências: não pára em Lutero, nem em Calvino, costuma lançar-se no antitrinitarismo, no ateísmo – e mais geralmente no panteísmo cru e nítido, sem reticências nem ambiguidades. De tudo isto se verão exemplos no decurso desta história, começando pela doutrina de Prisciliano. Em quase todos os heterodoxos espanhóis de relevo e de alguma originalidade, fácil é descobrir o vírus panteísta» (1)

Também Sampaio Bruno que, em largos passos de alguns dos seus livros, estudou os heterodoxos portugueses, afirma a impopularidade do protestantismo. Assim, no livro intitulado «A questão religiosa», após uma referência ao Santo Ofício da Inquisição, como factor da unidade nacional, escreveu o filósofo portuense:

«Não porque grandemente receassem os nossos antigos portugueses a intromissão em Portugal da heresia ou do dogmatismo, da heterodoxia cristã ou do livre pensamento racionalista; os casos que se patentearam foram individuais e esporádicos, como o luteranismo de Damião de Góis ou de Pereira Marramaque; a heresia, mercê de motivos que não vêm para aqui, não alastrava nas massas, confinava-se em personalidades eminentes isoladas»(2) 

Sampaio Bruno, que perseguia obstinadamente uma fecunda investigação, não teve a ousadia de delinear o sistema a que lhe dava direito a cópia de interessantissimas conclusões.

Mas no livro intitulado «O Encoberto», onde encaminha a pesquisa histórica pelas seguras linhas da etnologia, o filósofo portuense faculta ao leitor perseverante alguma luz para a teoria do que se pode designar por «cívilização portuguesa».

Um preconceito iberista levou Menendez y Pelayo a incluir os heterodoxos portugueses no âmbito do seu estudo, mas induziu-o também a generalizar indevidamente as respectivas conclusões.

Há um inegável contraste entre os dois povos peninsulares no aspecto da religiosidade, e ainda quando, por influência espanhola, a política portuguesa foi levada à intolerância no regime do culto, latente permaneceu a diferença original.

No século XIX observamos também este contraste, sublinhado aliás por Menendez y Pelayo (3). Em Portugal, a heterodoxia caminha para um puro ou impuro comtismo, em Espanha para um puro ou impuro hegelismo. O alcance desta divergência ainda não foi avaliado.

Teófilo Braga afirmara, num dos seus melhores livros, esta sentença de intérmina fertilidade:

«O gênio e a missão histórica do povo português revelam-se na deslocação das civilizações do Mediterrâneo para o Atlântico, e pela audaciosa actividade marítima, com que iniciaram a era nova de civilização pacífica e industrial. Todas as investigações do nosso passado histórico devem dirigir-se a este fito: mostrar como lógicamente cumprimos esse destino, encetando as grandes navegações, e como se deve perpetuar na marcha da humanidade o lugar de honra que nos compete» (4)

Não digamos que por não haver mais terras a descobrir e por ser ilícita a expansão guerreira, terminou a missão histórica do povo português; pelo contrário, procuremos espiritualizar a nossa imaginação, logo veremos caminhos novos de direcção universal.

A luz da historiografia, ainda que bruxuleante, não é para desprezar; mas a sequência exacta dos eventos históricos não satisfaz a quem exige um conhecimento científico, que tanto é dizer de ordem causal; ora o positivismo não possui eficiência explicativa; o segredo da política pertence à religião – à religião concebida tanto na ortodoxia como na heterodoxia.

Se nos é lícito interpretar a história de Portugal como aventura romântica, – pois as interpretações até agora tentadas apenas divergem segundo o tipo de romantismo que implícita ou expllcitamente postulam, poderemos também mostrar quanto a teoria de Sampaio Bruno prepara, fundamenta e possibilita a profecia de Fernando Pessoa:

«…a nossa grande Raça partirá em busca de uma fndia nova, que não existe no espaço, em naus que são construídas «daquilo de que os sonhos são feitos». E o seu verdadeiro e supremo destino, de que a obra dos navegadores foi obscuro e carnal ante-arremedo, realízar-se-á divinamente».(5)

Temos, pois, como origem a Idade Média, e dela recebemos os mitos que dinamizaram, e que podem vir a dinamizar, a nossa actividade histórica. Temos, como fim, a Índia, se soubermos agora interpretar a alegoria. A importância da Idade Média e da Índia no nosso subconsciente mitico explicam, justificam e legitimam a nossa incompreensão da Grécia; a cultura clássica parece-nos superficial e exterior, incompatível com a nossa mentalidade; o êxito das tentativas pedagógicas, nesse campo, não tem sido brilhante.

Aliás, a oposição entre classicismo e romantismo, situada no país das lutas extremistas, não tem profundo significado entre nós. Ora o catolicismo, em Espanha, está do lado do classicismo. Assim também a nacional e parcial verdade do pensamento dé Menendez y Pelayo.

O «transcendentalismo panteísta» que Fernando Pessoa descobriu na nova poesia e que será, talvez, o sistema filosófico mais capaz de explicar a história da lusitanidade, contradiz diametralmente a tese de Menendez y Pelayo.

A problemática portuguesa é portanto diversa da problemática espanhola.

O clássico é, para nós, estrangeiro, tal como o romantismo para o discurso francês. A Espanha é campo de luta das duas correntes contrárias.

A cultura clássica tem por efeito, entre os Portugueses, desinteressá-los do culto católico e, mais ainda, da revelação cristã; a esse desinteresse pode seguir a reforma do intelecto pelo molde impietista; e, em última fase, a ignorância do que seja a religião.

Ignorância não quer dizer inexistência. O Português que porventura medite será impelido a divinizar uma realidade de ordem inferior, o que equivale a descer na escala da revelação. Não há outra rota.

Inevitáve1mente nos referimos à revelação, seja de progresso ou de regresso o movimento que pretendemos determinar. Tanto a religião intuitiva como a religião intelectiva parecem situadas nos confins da impiedade.

A revelação, com as consequências estéticas que tornam admirável o culto e possível a arte, é tão indispensável ao nosso conceito de religião, como para a nossa filosofia, que é especulativa, a gradação de processos gnósicos. Ora, para resolver o mais difícil problema da teoria da história (que é distinguir o contingente do necessário, e estabelecer as respectivas relações) importa primeiramente definir os verdadeiros conceitos de filosofia e religião.

NOTAS
(1) Obra citada, Volume I, página 26
(2) Obra citada, página -392.
(3) Obra citada, Volume III, página 809.
(4) Teófilo Braga, As modernas ideias na literatura portuguesa, na 345.
(5) Fernando Pessoa, A nova poesia portuguesa. Página final.

Como lidar com evangélicos irritantes

Esse post é para os crentes com alguma coisa na cabeça que também não suportam seus irmãozinhos fanáticos:
1) Cantor
Como identificá-lo:

a) Ele canta em todo culto importante.

b) Faz parte do coral, banda de louvor, conjunto de jovens e dirige o das crianças.

c) No Facebook antes do seu nome, vem a palavra ‘CANTOR’ (em maiúsculo).

Nada contra esses tipo de crentores porque na maioria das vezes a voz deles é melhor que a sua e a minha. Mas o que os faz irritante é que acham necessário cantar todos os cultos. Toda vez que cantam fazem aqueles solos extremos, enfeitam, fazem segunda voz, 3ª voz, nona diminuta como andam fazendo no Raul Gil segundo o Régis Tadeu.

Alguns até dão a impressão de carregar um microfone no bolso por sempre ter um disponível. O púlpito pra eles é um palco e descontam o sonho frustrado de não ser famoso nos irmãozinhos cada domingo, sem mencionar o fato que sempre tem uma mesa no final vendendo seus CDs.

Como lidar:

O jeito é aceitar que você não vai se livrar de ter que ouvi-lo em todo culto, ou chegue na hora da pregação. Dê graças que pelo menos ele é afinado.

2) Profeta
Como identificá-lo:
a) Sempre tem uma mensagem de vitória, bênção e promessa.
b) É considerado uma espécie de médium e é sempre procurado pelos irmãos.
c) No final do culto sempre esta agarrado com um irmão entregando uma mensagem.
Pelo fato desses irmãos sempre ter uma mensagem de Deus as vezes o faz sentir um tanto inútil porque você espera até meses pra receber uma resposta divina e acredita que ela virá até mesmo via sms ou post de Facebook.
Mas é só prestar atenção nas suas mensagens e você observa que as mensagens são genéricas, serve pra qualquer um como preservativo pra quem se diz bem dotado.
Profecias do tipo: Tenho uma grande obra contigo, Te escolhi desde o ventre de tua mãe, e mensagens desse tipo que é impossível entrar em contradição. Na maioria das vezes isso é um truque para cobrar dízimo.Como lidar:
Torcer para que as profecias continuem positivas porque quando o ‘profeta’ decidir soltar mensagens negativas ai sim a coisa vai ficar feia pro teu lado. Principalmente pra quem esta namorando; o crente profeta adora dizer que tal varão/oa não é a escolhida de Deus pra você.
3) Crente Unção 
Como identificá-lo:
a) É Bilíngüe. Fala Português e Línguas Estranhas. É mais fluente em línguas estranhas dos anjos.
b) Trata a igreja como uma academia. Pula, corre, salta o culto todo.
c) Geralmente sai carregado após cultos.Quem nunca viu um desses correndo no meio da igreja abanando os braços como se estivesse voando, ou pulando do fundo da igreja ate a frente como se fosse um canguru. Faça qualquer coisa mas não sente ao lado desse crente durante o culto.
Além de não ouvir a pregação ainda corre o risco de sair surdo de um ouvido. Esse tipo de crente pula e corre tanto que gasta um par de sapatos por culto. Ele pode não sair edificado espiritualmente, mas com certeza saiu 2 kilos mais magro.Como lidar:
O jeito é ignorar. A probabilidade de esse crente ter algum problema mental é surpreendentemente grande. Observe-os de vez em quando porque gargalhada é geralmente garantida.
4) Crente FanáticoComo identificá-lo:a) Cumprimenta com um versículo e se despede com a bênção pastoral.

b) De 10 palavras 6 são : “ No capitulo … versículo …

c) Da glória a Deus até na hora errada.

Esse irmãozinho foi predestinado por alguma entidade invisível para ser “juiz” da igreja. Esta sempre de olho no que os outros estão fazendo. Se você falta um culto ele vem e te pergunta porque faltou, pergunta se você esta orando. Tudo pra ele é pecado, então não beba coca-cola na frente dele porque isso e coisa do capeta. Entre outras coisas irritantes nesse crente esta o fato em que seus tópicos de conversa e limitado, e sempre gira em torno de Igreja.

Como lidar:

Evite contato com esse tipo fora da igreja. A dor de cabeça e a raiva não compensam. O dia que precisar de uma boa discussão chame-o para uma conversa polemica. Diversão é garantida.