Depois do casamento “até cubanos” né dona Regina?

Quando Lula foi flagrado dizendo que Pelotas (RS) era terra de viado a direita canastrona veio em cima com sangue nos olhos e facas nos dentes taxando-o de preconceituoso homofóbico. Mas quando se trata de Jair Bolosnaro dizer abertamente que: “– Agora gostar de homossexual… Abala, ninguém gosta! Tá ok? Ninguém gosta, a gente suporta!” a direita acieta numa boa sem menor sinal de proselitismo.

A atriz Regina Duarte declarou que esse tipo de comportamento de Jair Bolsonaro se trata de “homofobia da boca pra fora, pois se trata de um senso de humor ultrapassado dos anos 50”, ou seja, coisa típica de habitués do século passado. Isso saiu da boca da atriz que fez Malu Mulher, seriado que retratou a emancipação da mulher no final da década de 70.

Em plena ditadura militar, com o país sob o comando de João Figueiredo, o seriado entrou na programação televisiva  quebrando tabus. Em uma sociedade acostumada à submissão feminina, a aparição de uma mulher como a socióloga Maria Lúcia Fonseca (Malu), em rede nacional, veio para mudar todo um modo de pensar dos brasileiros e, de bônus, marcar a história.

Com direção de Daniel Filho e 76 episódios exibidos, a série Malu Mulher foi protagonizada por Regina Duarte, em um papel que marcou a carreira dela. A trama acompanha o cotidiano de Malu, divorciada e com uma filha de 12 anos, em uma tentativa de retratar a realidade da mulher brasileira no fim da década de 1970 —  o primeiro episódio foi exibido em maio de 1979. A socióloga é uma mulher de atitude e questionadora, algo relativamente incomum para o período em que a série foi exibida pela primeira vez.

Naquela época, o divórcio se tornava um ato cada vez mais comum, e o conservadorismo que afirmava que as esposas deveriam permanecer com os maridos até a morte passava a ser enfrentado pela emancipação feminina. Então, as mulheres tinham que enfrentar o preconceito e lidar com as dificuldades de uma realidade com mais independência, como dividir o tempo entre a carreira e a criação dos filhos.

E esse não foi o único tema incomum para a época em que foi abordado por Malu Mulher. A série também retratou assuntos, como legalização do aborto, violência contra a mulher, pílula do dia seguinte e gravidez na adolescência, mostrando às mulheres que uma nova realidade era possível, sim, de ser alcançada.

Quem sabe para Regina dizer que mulher deva ficar em casa, lavando louça e cuidando dos filhos seja humor da década 60 ou 70, quiçá 50 , ou quem sabe, dizer que “mulher deve ganhar menos porque engravida, mas existem mulheres competentes” seja misoginia da boca pra fora…  Pior ainda, quem sabe seja ainda coisa do século passado, dizerem que mulher deva casar virgem e só dar a bunda para preservar a virgindade antes das núpcias né dona Regina? Quem sabe a viúva Porcina diria isso, pois Malu jamais diria…

A namoradinha do Brasil foi seduzida pelo preconceito bolsonarista… Lamentável!

https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,homofobia-de-bolsonaro-e-da-boca-para-fora-diz-regina-duarte,70002564696

 

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Sobre Aloprado Alonso

O cara mais aloprado da internet - barbudo, blogueiro, rockeiro, mulherengo e sempre tentando parar de fumar ...

Publicado em 26 de outubro de 2018, em Comportamento, Política, Uncategorized. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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